II Conferência Internacional Sobre Humanização do Parto e Nascimento (II CIHPN)

 

Nesse Congresso foi assinada a LEI do Acompanhante ....podemos dar algum destaque para isso....

 

A Lei Federal nº 11.108, de 2005, mais conhecida como a Lei do Acompanhante, determina que os serviços de saúde do SUS, da rede própria ou conveniada, são obrigados a permitir à gestante o direito a acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto. A Lei determina que este acompanhante será indicado pela gestante, podendo ser o pai do bebê, o parceiro atual, a mãe, um(a) amigo(a), ou outra pessoa de sua escolha.

1- Histórico da II CIHPN    

A II CIHPN foi uma realização da Rede pela Humanização do Parto e Nascimento - ReHuNa e teve lugar no RioCentro, Rio de Janeiro, no  período  de 30/11/2005 a 03/12/2005.

Esta II Conferência teve como objetivo principal comemorar os 20 anos da Conferência da Organização Mundial da Saúde sobre Tecnologia Apropriada ao Parto realizada em 1985 e os 5 anos da I Conferência Internacional sobre Humanização do Parto e Nascimento, ambas realizadas em Fortaleza.

O evento foi idealizado em novembro de 2004, no Rio de Janeiro, durante a reunião para o planejamento estratégico da ReHuNa contando com representantes de todo o país. A proposta de realização da II Conferência foi posteriormente votada e aprovada em assembléia geral da ReHuNa no XIV Encontro Sobre Gestação e Parto Natural Conscientes.

No período de fevereiro a novembro de 2005 a comissão organizadora reuniu-se semanalmente, na sede da ReHuNa, no Rio de Janeiro. Em função do grande porte desta II Conferência optou-se por contratar a empresa JZ Eventos, responsável por toda a secretaria da II CIHPN. Foram instituídas sub-comissões: comissão cientifica, comissão de divulgação e comissão de infra-estrutura, todas elas coordenadas pela secretaria executiva, composta pelo presidente Marcos Dias e a secretária executiva Heloisa Lessa.

 

2 - Patrocínios e Apoios:

Patrocinaram a II CIHPN: Ministério da Saúde,  Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz, Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS e Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O evento contou ainda com o apoio de diversas entidades: Abenfo - Associação Brasileira de Enfermeiras Obstétricas e Obstetrizes, Amigas do Peito, Associação Nacional de Doulas, Cais do Parto, Midwifery Today, Relacahupan – Rede Latino Americana de Humanização do Parto e Nascimento,  Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro,  Instituto Aurora de Ioga e Terapias Alternativas, Escola de Enfermagem Anna Nery, Instituto VidaViva e das Universidades Celso Lisboa , Federal Fluminense e Bezerra de Araújo.

Para a alimentação da equipe de trabalho e palestrantes, durante os quatro dias do evento, contamos com o apoio: Rio Vegetariano, CIA Ecológica, Metamorfose, Vergan-Vergan, Ecobrás, Pão do Bento, Cultivar e Louro Verde.

Para o cenário foram cedidas plantas por Dinda Plantas e Harboreum..

A Comissão Executiva teve a ousadia de pedir o apoio da Diretora Teatral Bia Lessa a fim de conceber um cenário que pudesse representar o paradigma da Humanização do Parto e Nascimento. Esta opção permitiu uma inovação no que diz respeito ao ambiente do auditório principal. Ao invés de apresentar a tradicional formalidade – fria e distante – da mesa com cadeiras, flores e Banners, o que se via, ao entrar no auditório, era uma aconchegante e calorosa sala de estar. Neste ambiente impactante evidenciou-se o respeito às diferenças, o respeito à individualidade e a possibilidade de escolha. O Cenário, em total harmonia com os objetivos da II Conferência, foi sem duvida alguma, um dos pontos altos deste Evento. ( ANEXO -Vide Fotos )

Ressaltamos o excelente trabalho realizado pelo Shopping de Comunicação responsável por nossa assessoria de Imprensa que resultou em inúmeras matérias de jornais, revistas, TV e Radio. (vide ANEXO)

 

3- Perfil da II CIHPN

Participantes:

II CIHPN teve um total de 2.136 participantes, oriundos de 15 países (Brasil, Chile, Venezuela, Argentina, Uruguai, Colômbia, Paraguai, Bolívia, México, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Holanda e Índia). Dos 27 Estados Brasileiros somente o Estado de Sergipe não foi representado.

Contamos com a participação de um total de 111 palestrantes sendo 24 deles internacionais.

Estavam representadas 34 diferentes profissões, listadas a seguir:      Administrador, Advogado, Agente Administrativo, Analista de Sistemas, Antropóloga, Assist. Social, Bioquímico, Dentista, Desenhista Industrial, Doula, Economista, Enfermeiro, Estudante de Enfermagem, Medicina e Psicologia, Fisioterapeuta, Fonoaudióloga, Gerente de Vendas, Jornalista, Massagista, Médico, Musico, Musicoterapeuta, Nutricionista, Parteira, Pedagoga, Pesquisador, Professor Universitário, Psicóloga, Publicitária, Sanitarista, Socióloga, Técnico em Enfermagem, Terapeuta Ocupacional. A grande variedade de profissões aponta para o interesse na temática apresentada confirmando a tendência multidisciplinar e o envolvimento cada vez maior da sociedade como um todo na discussão da Humanização do Parto e Nascimento. Ressaltamos a presença de inúmeras gestantes, seus companheiros e de muitas famílias com bebês, ou seja, a presença cada vez maior dos usuários destes serviços.

O número de participantes coloca esta Conferência como tendo sido o maior evento mundial sobre a Humanização do Parto e Nascimento. O Brasil se destaca, mais uma vez, como um país atuante no que diz respeito ao processo de Humanização da assistência e na redução da medicalização do processo do parto.

 

2 – As atividades Pré-Conferência.

Antes do início da programação oficial da II CIHPN foram realizados quatro Fórums idealizados em parceria com diversas entidades e tiveram como objetivo discutir questões específicas relacionadas à gestação, parto e nascimento e também aconteceu o V Encontro Nacional de Doulas.

 

A - Fórum das Escolas Médicas e Maternidades de Referência (em parceria com o Ministério da Saúde e com o CEMICANP. Coordenador: Professor Aníbal Faúndes).

O governo federal assinou, em 18/03/2004 um protocolo de intenções para

reduzir as mortalidades materna e neonatal, em 15% até o fim de 2006, nas 27 unidades da federação e nos mais de 5.500 municípios do Brasil. Considerando o objetivo mais urgente de qualificar a atenção obstétrica e neonatal no país, realizou-se no Rio de Janeiro, por ocasião da II Conferência "+20+5" um Fórum reunindo as maternidades de alto-risco, referências estaduais, que foram treinadas em 2005.

 Neste Fórum, que contou com a participação da maioria destas maternidades foram discutidas questões relativas à formação do profissional médico e o modelo de assistência ao parto vigente no país, responsável por uma assistência que se caracteriza pelo excesso de intervenções no trabalho de parto e de cesarianas. Foram feitas apresentações pelos Professores Marsden Wagner (sobre tecnologia apropriada na assistência ao parto), Mario Merialdi (as novas recomendações da OMS sobre cesariana), Daphne Rattner (a situação da Cesariana no Brasil).

Foram apresentados alguns relatórios que demonstravam os avanços e dificuldades na implantação do planejamento estratégico realizado em 2005.

Os participantes concluíram e tiraram como proposta, tendo em vista o conteúdo positivo destes relatos, que a estratégia proposta pelo Ministério da Saúde é altamente exitosa e que deve ser mantida neste próximo ano.

 ( Programação Completa no LIVRO PROGRAMA em Anexo)

  

B – Fórum sobre Redução de Cesarianas na Saúde Suplementar (em parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS: Coordenadores: Dra. Alzira de Oliveira Jorge e o Dr. Marcos Dias).

Neste Fórum foram discutidas as taxas de cesariana encontradas na Saúde Suplementar no Brasil e propostas formas de enfrentar este problema que se tornou uma questão de saúde pública. Foram feitas apresentações pelos Professores Marsden Wagner (sobre tecnologia apropriada na assistência ao parto), Mario Merialdi (as novas recomendações da OMS sobre cesariana), Marcos Dias (a situação da Cesariana no Brasil), Mariza Theme (Cesariana e prematuridade no município do Rio de Janeiro).

Ao final deste Fórum ficou evidente a necessidade de se estabelecerem mecanismos de regulação das taxas de cesariana na Saúde Suplementar dadas as conseqüências negativas do abuso desta cirurgia para as mulheres e seus bebês.

Resultados práticos deste Fórum já puderam ser percebidos alguns dias após a Conferência como indica Matéria  publicada pelo  Jornal a Folha de São Paulo no dia 11 de Janeiro que tinha como Título: Segundo a ANS, 80% dos partos realizados por operadores são cesáreas; agência tenta pacto para reduzir índice.

(Matéria completa no ANEXO)

 

C – Fórum das Escolas de Enfermagem

 

D – Fórum dos Movimentos Sociais:

O objetivo do Fórum foi  refletir sobre a articulação dos movimentos sociais em torno das ações pela humanização da assistência às famílias no processo da gravidez, parto e nascimento. O Fórum foi aberto a todos os participantes da II Conferência e integrantes dos movimentos sociais.

O Fórum, sob a coordenação de Claudia Orthof, se iniciou com a palestra da Profa.Dra. Simone Grilo Diniz (FSP-USP), integrante do Colegiado Nacional da Rehuna, seguidos por  Painel de Usuárias do Grupo Cochrane de Gravidez e Parto, e de Gilda Vera consultora da Relacahupan,  que discutiram com relação a atual tendência de constituição dos movimentos sociais em redes, suas vantagens e desafios. 

Os membros da Mesa expuseram o ideário e as atividades dos movimentos sociais ali que representados:

* Movimento de Usuárias: Ingrid Lotfi, doula e educadora perinatal, sobre a participação das listas eletrônicas de usuárias na Internet na Humanização do Parto/Nascimento e sua experiência representando o movimento de usuárias em congresso e eventos científicos.
Movimento de Paternidade: Prof. Marcus Renato de Carvalho (Pediatria – UFRJ) apresentou estudos que demonstram o impacto negativo da ausência do pai sobre a saúde e a vida das crianças e adolescentes, e iniciativas – municipais e internacionais para a recuperação da cultura  do cuidado paterno e estímulo à inserção dos pais nos serviços onde os/as filhos/as são atendidos/as.

* Movimento de Amamentação: Rose Teykal, apresentou a ONG Amigas do Peito, formada por mulheres de áreas e profissões diferentes que acreditam na importância da amamentação, e que trabalham  de forma voluntária para a proteção, promoção e apoio à amamentação.  Esta organização vem desenvolvendo nestes 25 anos, inúmeras atividades : Grupos de Amamentação; Disque – Amamentação; Boletim Peito Aberto; Bonecas e Bichinhos Artesanais que amamentam; Oficinas de Amamentação e Palestras.

* Movimento das Parteiras Mexicanas: Araceli Gil relatou a experiência da ONG Nueve Lunas e o movimento de organização das parteiras tradicionais mexicanas.

* Rede de Comunidades Saudáveis - Sônia Regina Gonçalves da Silva, da Associação de Moradores do Morro do Urubu, apresentou a recém-criada Rede, originária do movimento social na luta contra AIDS, atuando hoje pela promoção da saúde no Rio de Janeiro.
* ReHuNa - Simone Diniz, apresentou a ação da Rede Nacional de Humanização do Parto e Nascimento, suas conquistas, propostas, projetos e desafios.
 

Propostas: 

Após as apresentações, sob a coordenação de Maria Luiza de Carvalho, foi aberto o debate que se mostrou muito fértil e mobilizador para construção de parcerias nas ações em torno da humanização da assistência ao parto e nascimento. O debate evidenciou a necessidade de ampliação da discussão e preparação de novos fóruns para encaminhamento das propostas apresentadas, a saber:

1. Realizar ações em parceria entre os movimentos sociais presentes e outros que serão convidados, na defesa dos direitos da mulher, especialmente quanto à lei do acompanhante.

2. Trabalhar os temas das ações junto com os Conselhos de Saúde;

3. A REHUNA deve convocar o Ministério Público quanto ao cumprimento das leis locais que protegem o direito da mulher à escolha e presença de acompanhante.  Devemos solicitar ao Ministério Público um termo de ajustamento de conduta.

4. A ong Amigas do Peito pediu apoio ao manifesto que apresentará ao Ministro da Saúde, pedindo mais atenção ao tema Amamentação.

5. Incorporar os temas do parto e do nascimento na agenda de ações de defesa dos direitos sexuais e reprodutivos.

6. Formar comitês com participação de representantes dos movimentos sociais para acompanhamento das ações;

7. Fortalecer parcerias com outros movimentos sociais, como a Rede Feminista de Saúde, e outros.

8. Convocar próximo Fórum de Movimentos Sociais daqui a um ano, para avaliação das ações propostas.

Em ANEXO Lista de Movimentos sociais e Instituições presentes.

 

E – V Encontro Nacional de Doulas

 

     Tema: “Doulas - Realidade Brasileira”. Organização: Em parceria com ANDO - Associação Nacional de Doulas.  Participantes: representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde-RJ, da Secretaria Municipal de Saúde-RJ, da Associação Nacional de Doulas, Hospital Sofia Feldman – MG, Hospital Municipal de Americana - SP  e de outras maternidades do Brasil e da América Latina com Programas de Doulas Comunitárias Voluntárias, Profissionais de Saúde e Sociedade Civil.

  Foram apresentados evidências científicas dos benefícios da atuação das doulas,  e  experiências, resultados e desafios da atuação das  doulas autônomas e de doulas comunitárias e/ou voluntárias . Discutiu-se o "Levantamento sobre a situação do Programa de Doulas Comunitárias Voluntárias em 19 maternidades do SUS" em: PE, RN, MA, GO, DF, BA, MS, RR, CE-MEAC, AC, PA, CE-SMS, ES capacitadas pelo Programa de do Ministério da Saúde através da Área Técnica de Saúde da Mulher em convenio com HSF.

         Foi apresentado o Programa de Doulas Voluntárias em duas maternidades do município do Rio de Janeiro, da Secretaria Estadual de Saúde de Rio de Janeiro (PAISMCA) e o Programa do Hospital Municipal de Americana – SP, ambos em parceria com a ANDO.

         O objetivo do Encontro foi promover um espaço para a troca e a reflexão em torno das experiências, resultados e desafios advindos da inserção de doulas nas maternidades públicas e da atuação de doulas autônomas nas maternidades privadas no Brasil.

         Houve consenso no reconhecimento da contribuição da doula para  a satisfação e o bem estar das usuárias e para a  humanização da assistência a mães e bebês, Sendo referido aceitação gradual dos programas pelos profissionais de saúde, até em maternidades onde houve resistência inicial, quando foi sendo percebido o diferencial da presença das voluntárias no cuidado das parturientes, (onde mesmo com a presença de acompanhantes familiares a doula era permitida).

          O V Encontro de Doulas foi uma importante oportunidade de fortalecimento e inspiração dos participantes pela troca de experiências especialmente em relação aos desafios e dificuldades e as formas encontradas pelas diversas maternidades para solucioná-las. O que levou a solicitação de novas oportunidades de encontros para trocas e reflexões.

  

3 – As atividades científicas da programação oficial.

Dia 30 de novembro

            A solenidade abertura contou com a presença do Dr Carlos Felipe D´Oliveira representando o Ministério da Saúde. Conferência teve início no dia 30 de novembro ás 17 h no auditório principal. Na Mesa de abertura estiveram representadas diversas entidades como o Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, a Rede pela Humanização do Parto e Nascimento, a Rede Latino Americana e do Caribe pela Humanização do Parto e Nascimento que ressaltaram a importância da realização do evento e as diversas ações que estas organizações têm realizado neste sentido. 

Após esta mesa inicial foi proferida uma conferência pela Professora Rosiska Darcy de Oliveira que falou sobre a mudança dos paradigmas no mundo moderno e a vivencia da maternidade pela mulher.

 

Lançamento de Livros

 

1 – “O Ato da amamentação: uma questão de valor ou um valor em questão” Valdecyr Herdy Alves – SENAC / 2005

2 – A Cesariana – Michel Odent - Ed. Saint Germain /2005

3 - "Humanizando Nascimentos e Partos"
Daphne Rattner e Belkis Trench organizadoras Ed. SENAC - 2005

4 – Nasce um bebê...naturalmente.

Naoli Vinaver – Editora Mercuryo Jovem- 2005

5 – Yoga para gestantes

Fadynha – Editora Ground - 2005

6 – “Saúde da Mulher: desafios a vencer”

Profª. Drª. Lucineide Frota Bessa -2005

7 – Amamentação– Bases Científicas

Marcus Renato de Carvalho; Raquel N. Tamez- Ed. Guanabara Koogan  /2005

8-  Humor e Amamentação–catálogo das Amigas do Peito

Cartunistas da Argentina- Edição Independente

 

 

 

Exposições

 

 “15º Encontro de Gestação e Parto Natural Conscientes”

O Instituto de Yoga e Terapias Aurora após realizar 14 eventos, os “Encontros de Gestação e Parto Natural Conscientes” até 2004, incorporou-se em 2005 à “II Conferência Internacional sobre a Humanização do Parto e Nascimento” realizando dentro da mesma o “15º Encontro de Gestação e Parto Natural Conscientes”.

A participação do Instituto Aurora aconteceu desde a atuação na comissão organizadora, divulgação pré-congresso, participação em mesas, oficinas, bem como em muito trabalho nos bastidores.

Um dos pontos altos foi oferecer em uma Exposição uma parte do acêrvo de fotos, cartazes e folders dos Encontros anteriores que contam a história do parto natural, humanizado no Brasil, já que o Instituto Aurora pioneiramente manteve a chama acesa durante muito tempo em seus Encontros anuais, acolhendo as Plenárias da ReHuNa desde o seu início em 1993.

 

 

Exposição de Fotografias

 

Parto: uma dimensão do gozo feminino

A exposição ocorreu conforme programada. O local foi o Hall principal do Pavilhão 5 do Rio Centro,Rio de Janeiro, local onde ocorreu a II Conferência Internacional sobre Humanização do Parto e Nascimento, de 30/11 a 03/12/05, promovida pela  Rede pela Humanização do Parto e Nascimento – ReHuNa.

Cada pessoa que aparece nas imagens assinou um termo de cessão de direitos de utilização de sua imagem, que foi registrado em cartório.

Foram expostas 42 fotografias P&B e coloridas, sendo 12 no tamanho 50X60cm e as demais, 20X30cm, sobre 15 painéis em zig-zag, TS branco 1X1 metro, encaixados em estrutura de perfis de alumínio octogonal com altura de 2,20m e a parte inferior vazada. A iluminação dos painéis foi através de uma lâmpada sobre cada painel. Cada fotografia maior ocupou uma face de um painel; já as menores foram distribuídas 2 em por face do painéis.  

As fotografias foram preparadas sobre uma superfície de foan de 5 mm e no dorso deste foan foi colocada uma fita adesiva dupla face, e desta forma, as fotografias foram fixadas nos painéis.

A exposição foi montada no local com a ajuda de D Áurea, Mônica Batistuta Novaes e Patrícia Strauss, todas doulas de Vitória.  

A divulgação foi por meio de um convite eletrônico, produzido por uma programadora visual, tendo se iniciado 15 dias antes da Conferência. A jornalista Ana Carolina Scabello Scolforo preparou um release da exposição e o mesmo foi enviado para a imprensa carioca por e-mail. Além disto, foi impresso um convite (3.000 cópias), que foi colocado na pasta de cada congressista. Também foi divulgada pelo site do evento (www.congressorehuna.org.br) e por sua acessória de imprensa.

A exposição foi visitada por cerca de 2.500 participantes da Conferência. Num livro de presenças que ficou sobre uma mesa próxima aos painéis das fotografias os visitantes puderam registrar suas impressões sobre o trabalho apresentado, dentre estas as estrelas internacionais do evento, como Naoli Vrinaver Lopez (México), Mary Zwart (Holanda), Laura Uplinger (EEUU), Angelina Martinez (México), Masden Wagner (Dinamarca, EEUU), dentre outros.

Reação do público

De uma maneira geral, foi muito favorável. A maioria das pessoas se emocionava perante as fotografias e faziam expressões de perplexidade. Algumas registraram suas impressões no livro de presenças. No entanto, este foi um público seleto. Mas havia também pessoas que apenas trabalhavam no evento, não sendo engajadas nas atividades de parto; estas pessoas também reagiram favoravelmente. Uma cena comum foi os visitantes fotografando a exposição.

Portanto, acredito que o trabalho atingiu seu objetivo, que era mostrar até onde chegam os limites do ‘Ser Mulher”, através de fantásticas expressões de gozo.

Além disto, várias entrevistas para a TV foram realizadas com o autor, destacando-se o Canal Saúde (Fiocruz/TVE), o documentário do evento (Fiocruz) e a produção independente de Daniela Buono. Outros congressistas, como Michel Odent por exemplo, foram entrevistados defronte a exposição, que funcionou como cenário.

 

Repercussão:

Convites para expor nas seguintes cidades: México, Los Angeles, São Paulo, Curitiba e Malmö (Suécia). Muitas pessoas demonstraram sua intenção de comprar as fotos, na forma de pôster ou livro.

O impacto desta exposição para minha pessoa, enquanto fotógrafo e realizador foi muito forte. Eu já sabia do poder daquelas imagens, mas não poderia supor que seria tão intensa a reação das pessoas que a visitaram. Fiquei com a sensação de que tenho obrigação moral de repetir esta exposição muitas vezes mais, nos mais diversos locais.

 

 

Participação dos patrocinadores

Hospital Santa Rita de Cássia: R$2.000,00

Gráfica: 3.000 convites impressos

ReHuNa: despesas com hospedagem durante a Conferência

Anexos

Convite impresso

Fotografias do evento

Planilha de custos

Paulo Batistuta Novaes

 

 

Vitória, 29 de dezembro de 2005.

 

Exposição de Fotos Bia Fioretti

Dia 1º. de dezembro

            O segundo dia do evento teve início com uma Conferência do Professor Marsden Wagner que falou sobre a trajetória do movimento de humanização do parto e nascimento desde a realização da conferência em 1985 sobre tecnologia apropriada ao parto e nascimento. O conferencista ressaltou a importância deste movimento e a necessidade de modificação do modelo tecnocrático de atenção ao parto e nascimento que ainda vigora em muitos países   sendo responsável por inúmeros problemas de saúde que afligem mulheres e seus bebês.  Em seguida, foi realizada a mesa redonda “Movimento político e social pela Humanização do Parto e Nascimento” que trouxe a discussão sobre a importância das políticas públicas já elaboradas em favor do parto e nascimento assim como, o papel fundamental exercido pelas organizações da sociedade civil na mobilização dos gestores e da própia população. A parte da manhã foi encerrada com uma apresentação do “Pacto Nacional pela Redução da Morte Materna e Neonatal” feita pelo Dr. Adson França.

            A “Visão transcultural do Parto” foi a conferência proferida pela antropóloga Martha Gonzáles na abertura da programação da tarde ,do primeiro dia, que trouxe uma importante reflexão sobre o papel da cultura no parto e nascimento. Em seguida, foi realizada uma mesa redonda onde foi debatido os diversos ambientes e profissionais que podem estar envolvidos com o parto e o nascimento, que produziu importante reflexão sobre os diferentes modelos de assistência hoje existentes e as possibilidades de humanização dentro de cada um deles. No encerramento deste dia, foi proferida pela Midwife Mary Zwart ,da Holanda uma palestra sobre o modelo holandês de parto e nascimento trazendo para os participantes a discussão sobre um dos mais modernos sistemas de saúde do mundo na área perinatal.

 

 

 

Dia 2 de dezembro.

            O segundo dia da programação oficial da Conferência teve inicio com uma Conferência da Parteira Mexicana Naoli Vinaver que apresentou uma profunda reflexão sobre o protagonismo da mulher e do bebê nos momentos do parto e nascimento, sobre a relação entre sexualidade e parto e sobre o direito da mulher em vivenciar plenamente esses momentos. Em seguida, foi realizada uma polêmica mesa redonda que discutiu o tema da “tecnologia e o cuidado na assistência ao parto” e que produziu intenso debate sobre a necessidade da utilização de toda a tecnologia, hoje disponível, no cuidado perinatal e seus riscos. Encerrando esta manhã o Ministério da Saúde protagonizou com a presença do Exmo. Sr. Ministro da Saúde Felipe Saraiva a entrega do Prêmio BiBi Vogel para os municípios brasileiros que mais se destacaram no apoio, incentivo e promoção do aleitamento materno.

A parte da tarde teve início com uma apresentação do Professor Mario Merialdi, da Organização Mundial da Saúde, sobre a mais recente pesquisa de cesarianas realizada por aquela organização. Ele apontou que enquanto em alguns países do mundo (países pobres) mulheres ainda morrem porque não têm acesso à cesariana em outros (países em desenvolvimento e ricos) mulheres e bebês estão sob os riscos das indicações de cesarianas em excesso que acabam comprometendo a sua saúde. Em seguida conferencia a apresentação do Dr. Michel Odent que discorreu sobre a cesariana e o futuro da humanidade.

Ainda nesta tarde tivemos a mesa redonda “O nascimento e a cultura da Paz” que trouxe para os participantes uma profunda discussão sobre a importância dos cuidados no parto e nascimento e o desenvolvimento humano. Para encerrar este segundo dia a Midwife Elizabeth Davis proferiu uma palestra sobre o ciclo da vida demonstrando de forma excepcional a importância da vivência para as mulheres, das diversas fases da vida e a importância do papel da maternidade neste contexto.

 

 

Dia 3 de dezembro.

            O último dia do evento teve início com uma conferência da Professora inglesa Leslie Page que apresentou importante reflexão sobre “O caminho da construção do conhecimento”. Durante esta conferência foi possível refletir sobre a importância das pesquisas associadas ao cuidado na gestação, parto e nascimento como instrumentos de mudança dos modelos assistenciais inadequados. Em seguida, aconteceram de forma simultânea duas mesas redondas sobre a formação profissional de médicos e enfermeiras para a atuação na perspectiva da atenção humanizada. Um emocionante depoimento de parteiras tradicionais sobre suas experiências de vida encerrando a parte da manhã fechou a parte da manhã. A primeira atividade da tarde,contou com o sumário das atividades da conferencia realizada pela Dra. Simone Diniz foi a apresentação da Dra Simone Diniz que fez um sumário das atividades da conferência, seguida pelo depoimento de todos os participantes internacionais sobre como perceberam a II CIHPN.

A cerimônia de encerramento organizada pela Psicóloga Martha Zanetti emocionou a todos com uma festiva celebração dos momentos de congraçamento que foram a tonica de toda  a conferência.

 

4 – Atividades científicas paralelas à programação oficial.

            Foram organizadas XX oficinas em paralelo à programação oficial com a finalidade de aproximar os participantes tanto de experiências exitosas na área de humanização do parto como, também, dos conferencistas  Foram expostos XX trabalhos científicos durante a conferência numa demonstração da força que o processo de humanização vem envolvendo serviços de saúde nas mais diferentes regiões do país 

Com o apoio e a participação de todos, foi possível, concretizar o que parecia para nós um sonho já que um evento no RioCentro é de grande envergadura e envolve altos custos para sua realização. Achamos importante ressaltar o desejo de colaboração de todos que foram contatados no intuito de darem apoio ao Evento. Foi extremamente gratificante a resposta positiva que recebíamos de todas as entidades, instituições e pessoas que se dispuseram a colaborar.